Ilusão de ótica todo mundo conhece, todo mundo já viu uma. E ilusão sonora? Você nem sabia que existia, né? Pois existe. Neste tipo de ilusão a sua mente é "enganada" e você ouve sons que na realidade não existem...
Aqui eu relaciono 12 destas ilusões. Pra você "perceber" a ilusão corretamente você tem que usar caixas de som ou headphones estereo. O altofantezinho do PC não serve, ok?
ILUSÃO DE ESCALA
Esta ilusão foi descoberta por Diana Deutsch e é um exemplo de como o nosso cérebro “agrupa” notas similares como um único som. Duas grandes escalas são tocadas: uma ascendente e outra descendente. No entanto, as notas se alternam de ouvido para ouvido. Por exemplo, o ouvido direito ouve a primeira nota da escala e em seguida a segunda nota da outra escala. Há diversas maneiras em que as pessoas percebem estes sons, mas o mais comum é agrupar as notas agudas e as graves juntas. Ao invés de as duas escalas as pessoas ouvem uma melodia descendente e re-ascendente em um ouvido e uma melodia ascendente e descendente no outro. Em outras palavras o cérebro designa algumas das notas para uma orelha diferente para poder criar uma melodia coerente. Pessoas destras tendem a ouvir a melodia aguda no ouvido direito e a grave no esquerdo, enquanto os canhotos mostram respostas mais diversas
MELODIAS FANTASMA
Algumas obras musicais consistem em rápidos arpejos ou outros padrões em repetição que mudam apenas sutilmente. Se elas são reproduzidas rápido o suficiente o cérebro capta as notas que mudam ocasionalmente e as agrupam inconscientemente para formar uma melodia. Esta mesma melodia desaparece se a música é tocada mais lentamente. Compare estas gravações de Christian Sinding chamadas de Frühlingsrauschen (Flarfalhar da primavera). Na de alta velocidade as notas que mudam prolongam-se em nossa percepção tempo suficiente para serem ligadas em uma melodia, mas a velocidades mais baixas elas estão muito distantes.
Melodia Fantasma 1
Melodia Fantasma 2
O PARADOXO DE SHEPHERD
Esta é uma gravação dos tons ascendentes de Shepherd sintetizados por Jean-Claude Risser. Pares de acordes soam como se estivessem avançando na escala, mas em realidade o par inicial de acordes é o mesmo que o par final. Se você toca o arquivo em modo de repetição sem olhar para a tela será impossível descobrir quando o arquivo termina ou começa e a melodia parece ficar eternamente mais aguda.
SINOS CAINDO
Essa é a gravação de um paradoxo onde sinos soam como se estivessem caindo no espaço. Enquanto eles caem a altura do áudio parece ir ficando mais grave, mas em realidade esta ficando mais aguda. Se você colocar no modo de repetir perceberá claramente a altura ficar mais grave quando o arquivo começar a tocar novamente. Isso revela que a altura do inicio é obviamente mais grave do que a do fim.
BATIDA MAIS VELOZ
Essa gravação é sutil. Uma batida de bateria soa como se seu ritmo estivesse ficando mais veloz, mas o ritmo inicial é o mesmo do ritmo final. Ouça com atenção.
BARBEIRO VIRTUAL
Essa é uma demonstração do efeito estéreo. Ao ouvi-la você realmente sente-se na cadeira do barbeiro, com o homem se movendo ao seu redor, abrindo e fechando a tesoura por todo o seu cabelo. Quando o barbeiro se “move” para a sua direita o volume aumenta sutilmente no fone da direita e diminui do da esquerda. Aumentar gradativamente o volume da tesoura em uma orelha faz parecer que ela está cada vez mais perto. A ilusão demonstra nossa habilidade de localizar coisas no espaço através do som; ao comparar a chegada do som nos dois ouvidos nós podemos deduzir de onde o som se origina.
CAIXA DE FÓSFOROS
Este é similar ao do barbeiro, mostrado anteriormente. É outra ilusão estéreo. Nesta ilusão um homem chacoalha uma caixa de fósforos por toda sua volta e ocasionalmente acende alguns palitos.
O PARADOXO TRÍTONO
Esta ilusão também foi descoberta por Diana Deutsch. Nesta gravação algumas pessoas ouvem as duas notas indo do grave ao agudo enquanto outras ouvem do agudo ao grave. Esta é excelente para ser ouvida em grupo para comparar as notas posteriormente. As notas sendo exibidas são chamadas de trítonos - ficam exatamente no meio de uma escala musical padrão. Estas notas eram consideradas diabólicas e não foram utilizadas em músicas até os tempos modernos. São comumente utilizadas em trilhas sonoras de filmes de terror.
EFEITO MGGURK
Assista ao vídeo primeiramente (apenas uma vez) e depois leia o texto que segue.
O homem está dizendo BA-BA, GA-GA ou DA-DA? Anote mentalmente a resposta.
Agora toque o vídeo mais uma vez sem assistir, apenas ouvindo. Feche os olhos ao escutar, se necessário, e depois retorne a leitura.A maioria dos adultos (98%) acha que está ouvindo “DA”, quando assiste ao vídeo pela primeira vez, o que foi chamado de “resposta fundida”. O “D” é a resposta de uma ilusão audiovisual. Em realidade você está ouvindo o som “BA”, enquanto está vendo os movimentos labiais de “GA”.
PALAVRAS FANTASMAS
Esta ilusão sombria foi demonstrada pela primeira vez por Diana Deutsch na Universidade da Califórnia (EUA). A gravação mostra seqüência sobrepostas de palavras ou frases repetidas, localizadas em regiões diferentes do espaço estereofônico. Se você deixar em modo de repetição logo começará a ouvir palavras ou frases específicas. O mais estranho é que cada pessoa ouve algo diferente.
SOM PARA MENORES DE VINTE ANOS
Este som pode ser ouvido apenas por pessoas com menos de vinte anos (apenas alguns acima desta idade podem ouvi-lo, mas não muitos). Este som é utilizado por alguns adolescentes como toque de celular para que apenas eles, e outros da mesma idade, possam ouvir. Um equipamento bastante comum no Reino Unido emite este som para evitar que adolescentes se agreguem em certas áreas de shopping centers, pois o barulhos os irrita. Este aparelho está causando bastante controvérsia. Algumas pessoas acusando a utilização deste aparelho como um estímulo a segregação pela idade e querem a proibição do dispositivo. As pessoas perdem a habilidade de ouvir sons tão agudos com a idade, esta é a razão pela qual apenas jovens podem ouvir este som: é muito agudo para a maioria das pessoas com mais de 20 anos.
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